Encontro de mulheres no oeste paranaense

Mais de 150 mulheres líderes sindicais e da comunidade do oeste paranaense participaram do 1º  Encontro de Mulheres, realizado em Cascavel (PR), dia 22 de maio.  O encontro foi promovido pela Fesmepar-Federação dos Sindicados de Servidores Públicos do Estado do Paraná (filiada à UGT) e da Regional Oeste da União Geral dos Trabalhadores, com apoio nacional da UGT-Mulher. A violência contra as mulheres e a participação feminina em todas as instâncias do poder público foram temas centrais desse importante evento no oeste paranaense.

Na abertura estiveram presentes o presidente da Fesmepar, Luiz Carlos Silva de Oliveira, a diretora Financeira da Fesmepar, Sônia Maria Marchi, o secretário nacional para a Região Sul da UGT, Gladir Basso,  a secretária estadual da UGT-PARANÁ, Iara Freire, a secretária da Mulher da UGT-PARANÁ, Elizabete Madrona, a secretária da Juventude da UGT-PARANÁ, Rosemary Selzler Ferreira, o secretário de Comunicação da UGT-PARANÁ, João Luiz Riedlinger, o presidente da Regional Oeste da UGT-PARANÁ, Antônio Vieira Martins, a secretária da Mulher da Regional Oeste da UGT-PARANÁ, Joana Martins Bortoli Murineli; representando a prefeitura de Cascavel,  a secretária da Assistência Social, Suzana Medeiros Dal Molin; e o presidente da Câmara Municipal de Cascavel, vereador Marcio Pacheco.

O conteúdo das palestras e debates foi elogiado pelas participantes que tiveram a oportunidade de ouvir as diversas experiências sindicais, partidárias e comunitárias; e a importância do papel das mulheres como protagonistas na construção de uma sociedade justa e igualitária. No período da manhã, a ex-vereadora e profissional de enfermagem Maria Goretti David Lopes, de Curitiba (PR), palestrou sobre a participação das mulheres no mundo do trabalho. À tarde a advogada e ativista dos direitos das mulheres, Cláudia Patrícia de Luna Silva, de São Paulo (SP), falou sobre o assédio moral no ambiente de trabalho; e para finalizar o encontro, Maria Salete Cross, de Chapecó (SC), abordou questões relacionadas especificamente à saúde das mulheres.

Ao abrir o encontro, a diretora da Fesmepar, Sônia Maria Marchi, falou das dificuldades encontradas pelas mulheres no ambiente de trabalho e nas rotinas familiares. Sônia além de agradecer a cooperação dos diversos sindicatos e da UGT na organização no encontro, destacou a militância feminina no mundo sindical, que “muitas vezes faz termos duas e até três jornadas de trabalho” disse a dirigente sindical. Por sua vez a secretária da Mulher da UGT-PARANÁ, Elizebete Madrona, lembrou do quantitativo feminino no Congresso Nacional que é de apenas 9% do número de deputados e senadores.

A secretária Geral da UGT-PARANÁ, Iara Freire falou sobre a recente divulgação dos números da violência contra a mulher. Iara destacou que no Brasil ocorrem 4,4 assassinatos a cada grupo de 100 mil mulheres, colocando o país no 7º lugar do ranking mundial desse tipo de crime.

“Muito mais do que debater esse universo das mulheres aqui no Brasil, temos de pensar nos absurdos que estão sendo cometidos contra as mulheres no mundo todo, em especial nesse momento às jovens nigerianas”, destacou o presidente da Fesmepar, Luiz Carlos Silva de Oliveira, na abertura do encontro.

O secretário nacional da UGT para a Região Sul, Gladir Basso, representou o presidente nacional da central, Ricardo Patah, e salientou o empenho da UGT frente a todos os movimentos das mulheres, contra a violência doméstica e no ambiente de trabalho; na efetiva implantação de políticas públicas que beneficiem as mulheres; e no fortalecimento da representatividade feminina nos parlamentos.

Em sua palestra, a ex-vereadora Maria Goretti falou sobre o ‘empoderamento’ das mulheres, desde a liderança no mundo sindical até os cargos parlamentares. “ Não basta termos uma mulher na presidência da República. Temos de ter maior representatividade em todos parlamentos, sejam eles municipais, estaduais ou federal”, afirmou Goretti.

A representante nacional da UGT-Mulher, Cláudia Patrícia de Luna Silva, que atua na defesa e garantia dos direitos da mulher em situação de violência doméstica, integrante de diversas entidades nacionais e internacionais em defesa dos direitos das mulheres salientou a importância da realização desse encontro em Cascavel. “ Percebo que essa ação da UGT-PARANÁ  em regionalizar as atividades, descentralizando as decisões, agiliza eventos como esse. É muito oportuno que as discussões e debates sobre a questão das mulheres saia das capitais e percorra o interior brasileiro, onde a realidade do universo feminino é muito mais sofrido do que o  apresentado nas estatísticas”.  

De Chapecó (SC), a profissional em enfermagem Maria Salete Cross levou sua experiência vivencial no trato diário com a comunidade feminina que procuram os muitos centros de atendimento à saúde da mulher. “É evidente que o corpo feminino tem suas características físicas próprias e como tal nós mulheres temos de ter todas as informações necessárias para que tenhamos saúde de qualidade. Por isso temos de divulgar as várias campanhas de prevenção do câncer de mama, de colo de útero, e das tantas outras doenças que atingem as mulheres especificamente”.

Ao final do encontro  foi aprovada uma moção de apoio às jovens sequestradas pelas milícias na Nigéria, e que além de estarem sofrendo constantes abusos sexuais, estão servindo de ‘moeda de barganha’, entre os rebeldes e o governo nigeriano. O texto final será encaminhado à secretaria nacional da Mulher da UGT para ser entregue aos deputados  federais e senadores e à Secretaria Geral da Presidência da República, em Brasília.

Fonte e fotos: UGT-PR

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