Trabalho decente e transição justa são temáticas de debate, com participação da UGT na COP20

Em reunião realizada no sábado, 06/12, delegação da União Geral dos Trabalhadores (UGT), participou de mesa redonda, em evento da COP20, em Lima, no Peru, quando ONGS e movimento sindical discutiram trabalho decente, transição justa e o envolvimento das comunidades e dos trabalhadores, no contexto do desenvolvimento sustentável.

Foram levantadas questões sobre a forma de produção segmentada, que foi rechaçada por alguns participantes, ao colocar de forma clara que o deslocamento na produção segmentada é um fator de aumento de custo de trabalho e baixa qualidade, pois não se garante que se mudar a forma de produção se terá os mesmos critérios produtivos.  

No contexto do consumo de energia, o uso de energia limpa e sustentável também é fator preponderante no desenvolvimento como um todo. Além do problema cultural e demográfico, foi destacado também a necessidade de considerar a formação de um bloco para unir forças, para diminuir a burocracia. 

Quanto ao trabalho com renováveis, transição energética, ficou claro a preocupação com as pessoas envolvidas no processo, quando se fala de transformação energética existe a necessidade de uma transição limpa dentro dos sistemas, o acesso sem barreiras é crucial, todos precisam estar envolvidos. E o centro dessas discussões deve ser a transição energética envolvendo as comunidade, com foco nas pessoas e na terra. A equipe da UGT explica que os projetos comunitários têm de ser incentivados e expandidos, considerando a eficiência energética de cada um deles, e implementando em áreas correlatas importantes como a construção civil, criando mais empregos, pois os elementos da sustentabilidade é importante para todos. A criação de projetos econômicos regionais, no mesmo âmbito com fatores de emissão mitigados e ou ausentes. 

Para a UGT, politicamente falando, é necessário também motivar o legislativo a criar normas com o fim de subsidiar e apoiar iniciativas no sentido de levar a comunidade a desenvolver projetos, pois com incentivo fica claro o que os agentes sociais envolvidos vão ganhar com as iniciativas no curto, médio e longo prazo. A criação de uma rede comunitária global com essas iniciativas, com a finalidade de aprimorar e desenvolver e servir de apoio para projetos embrionários. Contudo, a mudança nas normas oriundas do legislativo são essenciais dentro desse processo. 

Foi destacado por alguns participantes, que o acesso igualitário, e a consideração das questões de gênero e também o necessário apoio das políticas públicas, mesmo sendo tão difíceis, as energias renováveis não estão na mão dos grandes empresários alemães, e sim nas mãos de indivíduos, não de grandes corporações. 

A contribuição da WWF, ONG brasileira, foi no sentido de que os pensamentos das ONGs são iguais, na política, globalmente, por uma transição justa. Mesmo tendo oficinas em mais de 100 países em desenvolvimento, com a tarefa de propor uma sociedade de consumo de baixo carbono. Destacando a importância de crescer com a transição e o fim da pobreza. 

Em Nova York está havendo uma mobilização dentro dos Estados Unidos, para abertura de espaços para falar sobre essas causas. Contudo, a necessidade de se trabalhar junto, a colaboração pelas pessoas precisa ser articulada com outros países.  

Segundo informações da equipe da UGT, em Lima, está havendo um feedback global, uma campanha para fim do uso de combustíveis fósseis, e usar o dinheiro para outras iniciativas. Os sindicados envolvidos estão vendo como podem ajudar nessas campanhas, junto com as universidades e como colocar dentro da economia e dentro das indústrias projetos que podem iniciar outros trabalhos sustentáveis.  

Representantes da UGT explicam que o dinheiro está aí para tomar decisões políticas, envolvendo as comunidades, havendo convenções dentro e fora dos EUA. As frentes de apoio precisam ser articuladas para conseguir a liberação desse recurso e para isso é necessário maior colaboração dentro de todos os grupos envolvidos, para que possamos resolver o problema. 

A longo prazo, as proteções americanas ao trabalho estão se acabando. Os dirigentes da UGT têm percebido que há uma necessidade de alterar essa relação. Os ataques ao direito dos trabalhadores e a comunidade de trabalhadores atacam as entidades protetoras, quando o assunto é OIT (Organização Internacional do Trabalho), para que isso se torne útil e mude as relações de trabalho sob o prisma da transição justa. 

Fonte: Imprensa da UGT, com informações da equipe da UGT, em Lima no Peru

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