Abono Salarial: UGT vota contra extensão do calendário e fica ao lado do trabalhador

 União Geral dos Trabalhadores (UGT), representada pelo Secretário Geral Canindé Pegado,  no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador – CODEFAT, votou contra a extensão do calendário do abono salarial de 2015, que fará com que aproximadamente metade dos trabalhadores, com direito ao abono, só receba o benefício no próximo ano. 

Essa mudança foi aprovada, no dia 2 de julho, pelo CODEFAT que reúne representantes dos trabalhadores, do governo e dos empresários. 

Em vez do cronograma tradicional de pagamento, em 4 meses, de julho a outubro, o abono será pago em  9 meses, de julho deste ano até março de 2016. Do total de R$ 19,1 bilhões previstos, R$ 10,1 bilhões serão desembolsados ainda neste ano. Essa medida vai permitir que o governo economize R$ 9 bilhões em 2015. 

Canindé Pegado, além de se posicionar contra a alteração no pagamento do abono, fez duras críticas ao governo, que quer fazer o ajuste fiscal às custas do trabalhador, principalmente aquele de menor renda. 

A bancada do Governo com o apoio da bancada dos empregadores, aprovaram a tal mudança, mas, a bancada dos trabalhadores  conseguiu aprovar uma proposta na mesma reunião, para o CODEFAT convocar uma reunião extraordinária, que ficou marcada para o próximo dia 17 de julho, a fim de voltar a discutir o calendário que foi alterado. 

A intenção, é não prejudicar os trabalhadores que já esperavam receber o abono este mês e ao mesmo tempo discutir o retorno do calendário que já era praticado, para que todos que tem direito ao benefício, possam recebe-lo em 4 meses. 

Esse foi mais um golpe aplicado pelo Governo contra os trabalhadores e que, além da surpresa, pois não houve discussão anterior para tratar dessa alteração, o FAT é um fundo social para beneficiar os trabalhadores e não pode ser usado para fazer política de ajuste fiscal, disse Canindé Pegado, inconformado com o prejuízo que os trabalhadores terão, se permanecer a mudança do calendário do abono salarial. 

Canindé Pegado ainda lembrou que esse é  um benefício constitucional, cujo dinheiro o trabalhador recebe para consumir, pagar suas dívidas, ou seja, é um dinheiro que vai para a roda da economia, e não para poupar, pois o trabalhador de baixa renda, infelizmente não tem essa possibilidade. 

 A UGT mantém sua posição de defender os beneficiários de Seguro Desemprego, mesmo contra o governo e os empregadores, encerrou Canindé Pegado.

Fonte: UGT

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