Presidente Lula recebe representantes da FECEP para tratar de interesses dos trabalhadores
Com o objetivo de dialogar sobre o reajuste do salário mínimo e outras pautas de interesse dos trabalhadores, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quarta-feira, 18 de janeiro, nas instalações do Palácio do Planalto o Diretor Secretário da Federação dos Empregados no Comércio do Estado do Paraná (FECEP) Flávio Bonifácio Pinto, juntamente com o Presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Apucarana Anivaldo Rodrigues da Silva e demais representantes de entidades sindicais.
No Twitter, uma de suas redes sociais, o Presidente Lula publicou: “Hoje recebo centrais sindicais para uma conversa no Palácio do Planalto. Foram 4 anos em que os trabalhadores não eram ouvidos pelo Governo Federal. Vamos voltar a dialogar com todos para pensar em transformações no mundo do trabalho e uma vida melhor para o povo".
Em seu discurso durante a cerimônia, Lula retomou um dos compromissos firmados durante a campanha: o de propor uma nova estrutura de financiamento para os sindicatos e novas regras trabalhistas que levem em conta o cenário atual do mercado. "Não queremos que o trabalhador seja um eterno fazedor de bico. Queremos que o trabalhador tenha direitos garantidos e um sistema de seguridade social que o proteja em momentos de desgraça. Ao invés de fazer por medida provisória, vamos ter de construir juntos, pois fica mais difícil de desmanchar", declarou o Presidente.
O Presidente falou também sobre a proposta que fará de mudança na tabela do Imposto de Renda, com isenção para quem recebe até 5.000 reais e aumento da alíquota para as camadas mais ricas da população. “Nesse país, quem paga imposto de verdade é que tem holerite. Quem ganha muito paga pouco, porque ganha com dividendos, com lucro. Então vamos mudar a lógica e vamos diminuir o imposto para o pobre e aumentar para o rico. É necessário uma briga? É necessário", disse o Presidente.
Na ocasião, líderes de centrais sindicais, incluindo o Presidente Nacional da União Geral dos Trabalhadores - UGT Ricardo Patah fizeram uso da palavra manifestando solidariedade ao governo e repúdio aos atos golpistas ocorrido na Esplanada dos Ministérios, no último dia 8 e solicitaram a criação de uma nova "estrutura sindical", que não envolva a volta do imposto sindical obrigatório mas preveja formas de financiamento das entidades.
Durante o encontro, foram criados três grupos de trabalho para propor mudanças na regra de reajuste do salário mínimo e na legislação trabalhista. A expectativa é que o primeiro grupo de trabalho discuta o novo modelo de reajuste anual do salário mínimo. Os sindicalistas propõem um cálculo de aumento real dos salários com a recuperação da inflação, mais a média do PIB brasileiro dos últimos dois anos, que chegaria a R$ 1.342,00.
Os outros dois grupos de trabalho devem ser montados ao longo dos próximos 30 dias e terão a participação de empresários, para discussão tripartite das alterações na legislação trabalhista. Um deles vai elaborar regras para contratação de trabalhadores por aplicativo, com direitos garantidos a entregadores e motoristas, por exemplo. E o terceiro grupo de trabalho deve ficar responsável por elaborar novas regras para a negociação coletiva entre trabalhadores e empresas.
FONTE E IMAGEM: COMUNICAÇÃO FECEP